Trabalho do Meu Grupo da Universidade
Este é um trabalho feito por:
BRÁULIO FIRMINO
SANDRA BATALHA
SILVANO CHIMBUA
ANELISIO ALBUQUERQUE
JOAQUIM DOMINGOS CAPUTO
ÍNDICE
RESUMO.. 1
INTRODUÇÃO.. 2
CAPITULO I. 4
TEORIA DA
IMITAÇÃO SOCIAL.. 4
1. UM BREVE
HISTORIAL SOBRE A EXPLICAÇÃO DA TEORIA.. 4
2. PRINCIPAIS PESQUISADORES E SEUS
CONCEITO.. 5
3. PRINCIPAIS APLICAÇÕES. 6
3.1.Antiguidade. 6
3.2.Idade Média. 6
4. A APRENDIZAGEM REFLEXIVA COMO ESTRATÉGIA
PARA A FORMAÇÃO PROFISSIONAL 7
5. VALIDADE DA TEORIA INTERNA E
EXTERNA.. 8
6.FACTORES QUE
FACILITAM A APRENDIZAGEM SOCIAL POR IMITAÇÃO.. 9
CONCLUSÃO.. 10
BIBLIOGRAFIA.. 11
RESUMO
Resumidamente diante de muitos
outros contributos apresentados por vários autores como Dollard, Miller entre
outros, Bandura é considerado pela maioria como sendo o teórico da imitação
social pois se interessou pela aprendizagem decorrente do contacto entre duas
pessoas. ‘’Para ele, psicólogo behaviorista contemporâneo, a pessoa aprende
muito por imitação. Durante interacções sociais, o indivíduo pode modificar seu
comportamento, como resultado da observação de como as outras pessoas do grupo
reagem. Embora reconheça a importância do condicionamento de Skinner, Bandura
insisti em dizer que nem toda aprendizagem ocorre como resultado do reorçamento
directo de respostas. A oposição de Bandura é decorrente das experiências
feitas por ele, as quais provaram que para a ocorrência de uma acção não é
necessário oferecer uma recompensa. Bandura faz várias criticas as pesquisas
individualizadas e com animais. Como é característico do ser humano a
socialização, são raros os casos de isolamento social. Por isso, segundo ele,
as pesquisas devem ser feitas com grupos. E não se deve utilizar animais nas
experiências, uma vez que a aplicação será nos humanos e estes possuem
sentimentos, são racionais, diferentemente dos animais. Seus princípios de
aprendizagem social também podem ser aplicados na modificação de comportamentos
agressivos. Estes são adquiridos através do exemplo, da experiência directa e
da interacção com factores estruturais. Bandura ainda demonstra algumas
maneiras de se reduzir a agressão. Também tem sido muito utilizadas suas
terapias comportamentais em várias situações’’[1].
INTRODUÇÃO
A
análise do tema em questão, Teoria da Imitação Social ou também teoria da
aprendizagem social, é resultado de uma experiência científica e pedagógica
desenvolvida aproximadamente a partir de 1977 por Bandura, mas é também o fruto
de uma reflexão sobre as diversas perspectivas de observação, comparação e
sistematização dos factos e dos acontecimentos em Psicologia Social.
A
finalidade prática desta teoria ‘diz que os indivíduos adquirem novas respostas
por meio do condicionamento e da imitação. Tanto o condicionamento como a
imitação são processos importantes na socialização e ajudam a explicar como as
pessoas adquirem comportamentos sociais complexos’’[2].
O
objectivo deste trabalho é apresentar uma revisão e discussão das principais
evidências empíricas sobre imitação social, as explicações dessas evidências e
algumas de suas implicações teóricas. Inicialmente é feito um breve historial
sobre Imitação e desenvolvimento inicial: evidências empíricas, explicações e
implicações teóricas.
Portanto na preparação e elaboração deste
trabalho, faremos uma incursão com uma breve análise a teoria estudada por
muitos autores que tiveram à preocupação de investigar a cerca dos processos de
aprendizagem ou imitação social.
CAPITULO I
TEORIA DA
IMITAÇÃO SOCIAL
1.
UM BREVE HISTORIAL SOBRE A EXPLICAÇÃO DA TEORIA
Albert Bandura, psicólogo cognitivo
social, nascido no Canada à 4 de Dezembro de 1925, docente em Stamford na
Califórnia, uma universidade de grande prestígio, chamado também por Harvard do
Oeste[3].
Após ter sido inicialmente influenciado
pela corrente behaviorista, ele desviou-se radicalmente, sublinhando as
importâncias dos factores cognitivos e sociais nas suas pesquisas. Hoje ele faz
parte da chefia da corrente da Sociologia Cognitiva na América do Norte.
Embora
a aprendizagem baseada no reforço e no condicionamento seja importante, não é a
única forma. A tese social da teoria da aprendizagem social (Bandura, 1977) é
que uma pessoa (o aprendiz) pode adquirir novas respostas simplesmente
observando o comportamento de outra (modelo) esse processo de aprendizagem
denominado imitação, distingue-se
pelo facto de que o aprendiz não da nenhuma resposta nem recebe nenhum reforço.
Muitas respostas sociais são aprendidas por meio da imitação. Por exemplo, as
crianças aprendem padrões étnicos e regionais de fala, imitando os falantes
adultos ao seu arredor.
‘’Na
imitação, o aprendiz observa o comportamento do modelo e, a partir disso
entende como comportar-se de maneira semelhante. Este tipo de aprendizagem pode
ocorrer sem nenhum reforço externo. No entanto, saber se o aprendiz terá os
comportamentos aprendidos a partir da observação é uma questão que depende das
consequências que esse comportamento terá para o aprendiz – isto é, se ele
receberá reforço pelo comportamento. Segundo o autor uma menina por exemplo,
pode observar que a irmã mais velha se maquia antes de sair com os amigos; de
facto se ela observar bem, poderá aprender precisamente como aplicar a maquilhagem
de maneira correcta. Mas se essa garotinha vai realmente usar maquilhagem em
casa é algo que pode depender muito dos esforços que ele recebe em função
disso. Se ela souber, por exemplo, que sua mãe desaprova muito o facto de
meninas usarem cosméticos, então, poderá evitar em usar o que aprendeu com a
irmã maior’’[4].
A
imitação em fases iniciais do desenvolvimento tem sido estudada sob diferentes
perspectivas teóricas, que atribuem importância e interpretação diferenciadas
para seu papel no desenvolvimento infantil. Considera-se que a compreensão da
imitação inicial mostra-se extremamente relevante do ponto de vista
epistemológico e teórico. Assim, neste trabalho é feito um breve histórico dos
estudos sobre imitação, para apresentar uma revisão e discussão das principais
evidências empíricas sobre imitação inicial. As explicações teóricas dessas
evidências e as hipóteses que foram sendo falseadas a partir das mesmas são
analisadas. Finalmente, a relação dessas evidências com o desenvolvimento da
percepção e da origem da representação e as implicações para explicações do
desenvolvimento inicial são discutidas.
2.
PRINCIPAIS PESQUISADORES E SEUS CONCEITO
Bandura
(1959) entre todos os teóricos do comportamento, foi o que estendeu o campo
das suas investigações aos seres humanos em ambientes que não lhe são naturais
e não só aos animais em ambiente experimental. Mas o facto de os indivíduos das
experiências de Bandura, serem muitas vezes crianças é também importante[5].
Diferente de Watson e Skinner, que
afirmavam que o ambiente modela a personalidade e o comportamento da criança.
Bell
propõem que as ligações entre as pessoas, comportamentos e ambientes são
bidireccionais, assim, uma criança pode influenciar o seu ambiente por meio da
sua própria conduta.
Segundo DA FONSECA a imitação é fulcral e essencial na transmissão de
experiência, o seu poder eco cinético é extraordinário e muito flexível, o seu
poder de assimilação da experiência alheia baseada em representações mentais
multifacetada constitui uma das características mais relevantes da evolução da
espécie humana. Com ela a transmissão da experiência é garantida e perpetuada,
na medida em consubstancia não uma cópia do modelo social, mas sim uma
reconstrução individual daquilo que é observado nos outros, pois trata-se da
criação de algo novo, uma oportunidade de a criança realizar acções que estão
para além das suas próprias capacidades, o que obviamente contribuirá para o
seu próprio desenvolvimento[6].
ROSEKRANS
(1967) fez a seguinte observação: O
facto de a semelhança percebida determinar a aquisição imitativa, bem como a
performance, é mais evidente do que a forma como esse efeito se produz.
DOLLAR E MILLER incrementaram a teoria da aprendizagem ao
afirmar que esta pode ocorrer por
imitação. Procuravam expressar em termos da teoria da aprendizagem o que a
psicanálise formulará com o seu conceito de identificação.
3.
PRINCIPAIS APLICAÇÕES
3.1.
Antiguidade
A aprendizagem vem sendo estudada e
sistematizada desde os povos da antiguidade oriental. Já no Egipto, na China e na Índia a
finalidade era transmitir as tradições e os costumes. Na antiguidade clássica, na Grécia e em Roma, a aprendizagem passou a seguir
duas linhas opostas porém complementares: A pedagogia da personalidade visava a formação individual. A pedagogia humanista desenvolvia os
indivíduos numa linha onde o Sistema de ensino/sistema educacional era
representativo da realidade social e dava ênfase à aprendizagem universal.
3.2.
Idade Média
Durante a Idade Média, a
aprendizagem e consequentemente o ensino (aqui ambos seguem o mesmo rumo)
passaram a ser determinados pela religião e seus dogmas. Por exemplo, uma
criança aprendia a não ser canhota, ou sinistra, embora
geneticamente o fosse.
No final
daquele período, iniciou-se a separação entre as teorias da aprendizagem e do
ensino com a independência em relação ao clero. Devido as modificações que
ocorreram com o advento do humanismo e da Reforma, no século XVI, e sua
ampliação a partir da revolução francesa, as teorias do ensino-aprendizagem
continuaram a seguir seu rumo natural. A melhoria da qualidade da prática
docente, facilita o aprendizado de novos modos de ensino e expande estratégias
de aprendizagem[7].
Alguns campos
do saber onde a imitação é um elemento fundamental: Filosofia Ex: (os métodos de estudos usados antigamente são
imitados por muitos até hoje), Política
Ex: os (Sistemas Políticos, Formas de Governação), Administração Ex: (muitas das formas de administração de muitas
Empresas são imitações vivas de outras), isto só para citar alguns exemplos.
4.
A APRENDIZAGEM REFLEXIVA COMO
ESTRATÉGIA PARA A FORMAÇÃO PROFISSIONAL
No
ramo da educação também encontramos a teoria da imitação aplicada da seguinte
forma:
Na formação
de Docentes é necessário ter em conta, como princípio básico, a actuação,
tornando a sua prática para muito além das meios tradicionais de ensino.
O princípio
da aprendizagem reflexiva, considerada por alguns autores, trata da urgência em
formar profissionais, que venham a espelhar a sua própria prática, na esperança
de que a reflexão será um meio de desenvolvimento do pensamento e da acção.
A dificuldade
em decifrar este conhecimento, reside no facto das acções serem activas, de
forma diversificada em às teorias, que são mais estáticas. Desta forma, ao
descrever o conhecimento empregue numa determinada acção, com o intuito de a
compreender, o futuro docente, estará a praticar um processo de estrutura do
seu saber.
5.
VALIDADE DA TEORIA INTERNA E EXTERNA
Exemplos de validade externa e validade interna:
As
pessoas podem aprender a pôr em prática um comportamento observando outra, mas
podem não produzir o comportamento até que surja oportunidade apropriada. Pode
passar muito tempo antes que o observador esteja diante do estímulo que o traz
à tona. As crianças podem aprender, por meio da observação, a associar
características das situações com o comportamento adulto, mas elas podem não
produzir esses comportamentos antes de ocupar os papeis adultos e descobrir-se
em situações semelhantes.
Mesmo
que o estímulo adequado ocorra as pessoas podem não produzir os comportamentos
aprendidos pela observação. Uma importante influência é a consequência que o
modelo experimenta em seguida ao desempenho do comportamento
Por exemplo: em determinado estudo
(Bandura, 1965), crianças do jardim-de-infância assistiram um filme no qual um
modelo adulto socava e chutava um grande boneco inflamável do tipo João-bobo e
atirava bolas neles. Três versões do filme foram mostradas a três grupos de
crianças.
No
primeiro, o modelo era recompensado por seu comportamento: um segundo adulto
surgiu e dava refrigerante e doces ao modelo. Na segunda versão, o modelo era
punido: o outro adulto surrava o modelo com uma revista. Na terceira versão,
não havia recompensas nem punições. Mais tarde, cada criança foi deixada a sós
com vários brinquedos, inclusive um boneco João-bobo.
O
comportamento delas era observado sem que soubessem, por detrás de um espelho.
As crianças eu tinham observado o modelo que havia sido punido eram menos
propensas a socar e a chutar bonecos do que as outras.
Exemplos de músicos como Michael Jackson,
50 cent, Madona, Bob Marley são exemplos vivos de que a musicas deles antes
foram desenvolvidas e ouvidas nos Estados Unidos da América, mas agora a pois a
expansão das mesmas surgiram muitos imitando chegando mesmo ao pondo de
parecendo os originais[8].
6.
FACTORES QUE FACILITAM A APRENDIZAGEM SOCIAL POR IMITAÇÃO
Atenção - Bandura aponta que
prestar atenção a um modelo é importante para a aprendizagem social. A ênfase é
dada a atenção deliberada e calculada que levará ao máximo a aprendizagem.
Embora isto não signifique que a aprendizagem não possa ocorrer em menor ou
maior grau, com base na atenção acidental ou inconsciente.
Memória - O que é observado deve
ser processado pela memória a curto prazo e a longo prazo e armazenado. Uma vez
armazenado na memória o aluna não terá problemas em recuperar essas capacidades
ou informações sempre que precisar delas.
O propósito da observação é o que o
observador devia ser capaz de reproduzir o comportamento exposto pelo modelo.
Isto só será bem sucedido se a observação for cuidados e se for processada pela
memória. A não ser que o observador se lembre do que ele observou, não será possível
reproduzir o comportamento observado
Capacidades motoras - Bandura
propôs que um acto possa ser aplicado e praticado depois de ser observado se
criança é potencialmente capaz de aplicar e praticar. Na perspectiva de
Bandura, em alguns casos um mero ensaio pode ser adequado para reproduzir um
comportamento observado, e a prática pode ser necessária. Isto pode ser
verdadeiro para actividades como guiar, dactilografar, desenhar e aprender a
ler e a escrever.
Para que um comportamento observado seja
reproduzido de forma perfeita é necessário a pratica. Por exemplo, se os alunos
estão a ser ensinados a pronunciar palavras de uma língua estrangeira, o
professor deve demonstrar como é que essas palavras são pronunciadas, de igual importância,
os alunos devem pronunciar essas palavras varias vezes até obter o domínio
dessa pronunciação.
CONCLUSÃO
Em síntese conclusiva suscita-nos dizer que, as pesquisas de Bandura e
outros autores, suas teorias e aplicações foram bem aceitas na psicologia.
Foram utilizadas no estudo do comportamento em laboratório e em sua modificação
em clínica. Para ele, as pessoas aprendem muito através da imitação, o que o
levou a interessar-se pela aprendizagem pela observação e a formular sua teoria
cognitiva social, envolvendo-se com questões referentes à agressão e a
auto-eficácia. Bandura também desenvolveu terapias comportamentais que têm sido
utilizadas em várias situações na nossa actual sociedade, ou seja, uma
sociedade tecnológica, na qual a importância do factor modelo é enorme. As
crianças aprendem não apenas o que lhes é dito que devem fazer, mas
principalmente o que vêem ser feitos por outras pessoas. Enquanto antigamente
os modelos eram quase que exclusivamente os pais e membros mais próximos da
família, hoje os modelos são fornecidos geralmente pelos jornais, revistas,
cinema e, especialmente, a televisão. Pode-se destacar a grande importância da
aplicação dos estudos de Bandura nas questões educacionais, podendo ser bem
estabelecidas pelas escolas, onde bons professores podem servir de modelos a
fim de incentivar ou estimular o gosto pelo estudo, uma vez que imitação do
professor, feita pelos alunos, é evidente dentro das salas de aula.
BIBLIOGRAFIA
Michenr, H. Andrew; DeLemater
John D.; Myers, Daniel J. _____ Psicologia Social; Thomson, ed. 1º 2005.
Giovanni Cocci, Laura Occhini,_____ Introdução a
Psicologia Social Moderna, nova biblioteca 1998
https://wilsonassumane1.blogspot.com/2008/08/teoria-de-aprendizagem-social-de-albert.html
https://www.psicoloucos.com/Behaviorismo-Social/albert-bandura.html
[1]
https://www.psicoloucos.com/Behaviorismo-Social/albert-bandura.html
[2] Michenr, H. Andrew;
DeLemater John D.; Myers, Daniel J.; Psicologia Social; Thomson, 2005.
[3] https://wilsonassumane1.blogspot.com/2008/08/teoria-de-aprendizagem-social-de-albert.html
[4] Idem
[5] Introdução a Psicologia Social
Moderna, Giovanni Cocci, Laura Occhini, nova biblioteca 1998
[6] Ibidem
[7] https://www.wikpédia.com
[8] Ibidem